O artista de Maceió (AL), que expôs na 53ª Bienal de Veneza, em 2009, é reconhecido por suas pinturas que exaltam a cor e a luz da atmosfera de sua terra natal, construídas por camadas que formam uma superfície contemporânea a partir de signos de raiz popular nordestina, como bordados, cestarias e a cerâmica marajoara.
Segundo Paula Braga, autora do livro que leva o nome da exposição, as obras de Uchôa discutem a ideia de cultura em tempos de globalização.
Um dos procedimentos do artista consiste em despejar resina transparente no chão, sobre as lajotas de barro. Após a secagem, ele pinta no chão, por cima da resina seca, pisa no inusitado tapete, arrasta os móveis, varre, passa produtos de limpeza doméstica. Sobre esta base, ele acrescenta elementos, linhas, cores.